Terça à noite,
saio e encontro velhas(os) conhecidas(os);
velhas(os) e novas(os) amigas(os). Na porta de uma academia de Jiu-jtsu, esperamos
todos chegarem. O clima é mais que familiar, é um clima em família. Alunos meus
ali comigo como colegas, alguns monitores. Amigos de infância lembrando
nostálgicas e felizes histórias. Já há, ali, uma energia.
"Pronto,
todos aqui! Vamos começar". Entramos....
Entre piadas e risos, roda formada,
o treino começa.
Nessa hora meu
coração já está em êxtase; aquilo que um dia sempre sonhei viver/praticar agora
faz parte dos meus dias. Um celular no canto da sala começa a tocar, não são os
instrumentos, não ainda, mas sinceramente nesse momento nem precisa. Aquele axé,
o som afro do atabaque, invade meus ouvidos, me toma e me mostra que sim, na Senzala,
também está minha casa. O som de meu povo é facilmente identificado pelo meu
sangue, que responde pulsante ao som dos berimbaus, agogôs e pandeiros.
Esquiva, benção, meia-lua, base!
Preciso confessar,
meu corpo entende menos todos aqueles movimentos e energia que minha mente e minha
alma; o que pouco me importa agora – já que isso o tempo cura. Uma roda, a energia toda em
volta, uma conversa e mais uma vez a certeza de que tardou, mas encantou. Uma
despedida, todos juntos:
"Salve, Capoeira!"
"Salve!"
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