segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Das voltas que o mundo dá..

Se escultar minha voz vai me ouvir dizer que não importa nada além do amor tranquilo, da brisa leve, do beijo doce... porque no fim, bom, no fim não estaremos assim, tão juntos, como em outrora. No fim, que nem sempre é tão longe quanto imaginamos, estaremos distantes.. não mais haverá frações mínimas de espaço entre nossa matéria, mas quilômetros de silêncio que teimarão em nos fazer lembrar daquele beijo, daquele cheiro, do nosso suor, do nosso respirar ofegante e da nossa vontade indomável de estar ali, naquele momento, quebrando todas as leis da física, fazendo nossos corpos ocuparem o mesmo espaço, mesmo que por um segundo.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ela é tudo que há...

Só é preciso sentir, só é preciso parar, alguns segundos, e reparar nas reações, nas coisas que sente e pensa, para saber se algo é bom ou ruim pra você. A alma nos diz o tempo todo, o que e como sente em relação a algo, alguém, algum momento.
Pare e ouça, e sinta, se houver paz, bem, alegria, ali há amor. Se houver inquietação, angústia, dor, ali há medo. Mas como convivemos com a dualidade cabe a cada um perceber o quanto de cada coisa sente, como essas coisas afetam a si mesmos e aos outros e até quando vale a pena pra você continuar com isso.
Decidi que faria de tudo para manter a minha alma em paz, e ela tem me dito quando meus planos perdem o rumo. E é por isso que é lindo, encantador, libertador, saudável... se conversar, se conhecer, se entender, se ouvir, porque só restará ela, e que isso baste.

Que baste porque é tudo que há, é tudo que tem, é o mais lindo que a vida pode chegar, à plena consciência da alma, a experimentação máxima da vida humana, envolvendo o que temos de mais lindo de forma consciente, harmoniosa. Corpo, mente e alma, trabalhando em torno de um só objetivo, manter a alma em paz de forma prazerosa e pessoal. 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Talvez...

Porque talvez eu não saiba mesmo lidar com o incerto, o imprevisível, o volúvel... Porque talvez nada me assuste mais do que a dúvida, do que a dependência de qualquer coisa que seja para que algo aconteça. Talvez a minha alma não tenha nascido para os "talvez" que a vida nos impõe, para os caminhos muitas vezes tortos e sinuosos, para as agonias e angustias.

Ou talvez eu simplesmente não tenha percebido que por vezes as borboletas no estômago são mais do que meras incertezas, talvez elas sejam um indício de que algo está acontecendo, de que algo vai acontecer e que minha alma é mais sábia que meu corpo e minha mente para poder entender. 

sábado, 21 de setembro de 2013

Eu-eu, muito mais nós...

A prática do autoconhecimento e a sinceridade são libertadoras. É uma busca absurda de si, um diálogo eterno sobre o que é e o que pode ser, sobre os limites, sobre as barreiras, mas principalmente sobre a liberdade que a alma é capaz de ter. Uma hora você passa a entender o que você é e o que será capaz de libertar sua alma. Uma hora a gente começa a entender que nem tudo que a gente quer vai ser capaz de sozinho trazer nossa felicidade – na verdade, muitas vezes a falta daquilo que desejamos é que vai nos trazer paz.

A gente se dá a liberdade de seguir a alma e de tentar, de errar, te tentar de novo, de errar mais uma vez, e ainda assim estar disposto a tentar novamente apenas por seguir aquilo que o que nós somos diz ser melhor pra gente.

É o diálogo de “si pra si”, admitindo sempre a infinidade de “eu’s” que nós somos, que nos proporciona a sensação mais gostosa, a alegria mais pura, o sentimento mais completo, tudo aquilo que o nosso corpo é capaz de fazer nossa alma - e por tanto o que nos somos - experimentar.

domingo, 7 de julho de 2013

Alma...

Não sei a sua alma, mas a minha, ah a minha, ela viaja por tantos lugares, tantos planos, como se nada a prendesse aqui, neste espaço, nesse tempo. Como se não houvesse nada mais natural do que flutuar levemente por ai, como uma bolha de sabão, mas sem a explosão – pelo menos “física”. O corpo não, ele é preso. Ele não é nada além de uma prisão da alma que é, por si só, livre. Mas ai é que está a graça, o bonito e, acima de tudo, o segredo de alimentar a alma.

Quando ela ganha a força necessária ela é capaz de romper com qualquer barreira física que a sua prisão natural impõe e então o corpo passa a ser instrumento de experimentação. É quando um toque é muito mais do que o simples roçar de pele. É quando a respiração passa a ser muito mais do que algo essencial para a sobrevivência, quando um simples arrepio pode ser a melhor sensação que você já teve e quando você entende, finalmente, que nada é mais bonito do que o encontro de duas almas, através de seus corpos, que não são nada além do que meros instrumentos.

Quando não há distância, quando a saudade deixa de doer, quando a vida fica leve e a dor é só uma lembrança.  Alimentar a alma é o maior remédio pra vida e o maior preparo para aquilo que chamamos de morte e que, sem saber do que se trata, julgamos ser tão ruim – pra mim pode ser apenas a libertação da alma... e quem sabe a passagem direta para a felicidade.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Devaneios...

Aquela hora que vocês tem sensações mil; aquele momento em que você repensa e reavalia; aquelas palavras que você não gostaria de ouvir; o sorriso que você sonhou em carregar; a busca por um amor sincero, puro, tranquilo e verdadeiro; a felicidade que por vezes te domina; a alegria de estar com quem se quer; a tristeza de acordar de um sonho; o amanhecer dizendo "bom dia"; os pássaros te mostrando uma possível fantasia; as cores e flores que por mais belas as vezes morrem; as necessidades que não são sessadas; os beijos apaixonados; os "sims", os "nãos"; o chocolate quente; os "boa noites" encantados; as (des)conversas; pensamentos soltos; dúvidas; certezas; querer o bem; dormir coladinho; nascer; morrer; sonhar; buscar; acreditar em promessas; fazê-las; decidir; seguir em busca de caminhos; ajudar; descobrir que se enganou e chorar; ser feliz, sonhar. 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Amanheceu...


Amanheceu. No céu um sol que insiste todos os dias em reaparecer, é fiel em sua graça de iluminar a estes, transmite sua energia de forma, por vezes, contagiante. No ar a sensação de limpeza, as leves brisas, os ventos subtropicais.  O som gostoso de pássaros a cantar feliz e lindamente, sons que invadem os ouvidos e ganham timbres, suavidades, cores, danças, tornando tudo um imenso espetáculo. Amanheceu, e em meio a tantas glórias e maravilhas, percebo que também amanheceu o “Eu”.
Aquele que naturalmente tende a absorver aquilo que o ambiente em que está inserido emana, aquele que sente mais do que qualquer outro, aquele que sofre da forma mais profunda que puder, que se importa da maneira mais pura com os seres que estão ao seu redor e principalmente com toda sintonia de tudo que há. O mesmo que consegue perdoar com uma facilidade incrível. Que esquece muito facilmente as desavenças. Procura o estado mais tranqüilo de espírito, busca reproduzi-lo, e do qual me orgulho muito.
Acrescenta-se a isso toda facilidade de, naturalmente, desliga-se de tudo, passar por realidades, possibilidades, mundos. Mesmo que por vezes isso não seja aceito, bem visto, querido, por tantos outros “eu’s”, de tantos outros seres. Carregando sempre a certeza de que a individualidade, tanto sua quanto de tantos outros, é o que move, que faz possível, toda roda das relações humanas, interpessoais, espirituais. Aceitando o seu caminho e sempre defendendo que o caminho do outro, mesmo sendo diferente do seu, merece respeito e condições de ser seguido, contanto que ambos, nem o seu, nem o do outro, atinja a qualquer caminho por qualquer indivíduo trilhado.
E antes de tudo, o “eu” que sabe que tantos outros “eu’s” estarão por vir, e que tantas muitas outras coisas a si serão inseridas, que tem consciência de que a evolução é válida, querida e necessária, e que ama toda a dança da alma, tomando-a para si como a maior representação de sua existência. 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Destino...

Que nada é por acaso, ah, isso eu já desconfiava, mas também não imaginava que as coisas eram, exatamente por assim dizer, delimitadas. Confesso, fiquei assustada ao me deparar com aquilo que teria sido anteriormente imaginado e escolhido - surpreendendo-me quanto a minha própria crença. E cá estou. Saboreando dia a dia aquilo que pra mim escolhi e que por força maior também foi escolhida. Vivendo e aprendendo essa realidade. E gostando... Gostando cada vez mais desta a ponto de amá-la e querê-la, mais e mais, decidindo-a todos os dias como a última, única, para toda minha vida...